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...Plante seu jardim e decore sua alma ao inves de esperar que alguém lhe traga flores! Shakespeare
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Orchidaceae
Subfamília: Epidendroideae
Tribo: Epidendreae
Gênero: Cattleya
Cattleya (em português: Catléia) é um gênero de orquídeas de flores grandes e vistosas, muito popular, com inúmeros híbridos intergenéricos, amplamente disponíveis no comércio, que exercem enorme apelo e adaptam-se bem à coleções mistas de orquídeas.
Desde que foi descoberto, Cattleya tem sido talvez o gênero mais festejado e cultivado dentre todas as orquidáceas, provavelmente este é o gênero que surge à nossa lembrança quando ouvimos o nome orquídea, servindo bem para exemplificar toda a família. Desde sua descoberta, as Cattleya tem sido usadas intensivamente para obtenção de híbridos de grande efeito ornamental. Nenhum outro gênero pode rivalizar em quantidade de híbridos vistosos obtidos.
Sem dúvida as enormes e duráveis flores deste gênero contribuem enormemente para o desenvolvimento da orquidofilia. Uma das características das espécies deste gênero é serem muito variáveis, tão diversas que em alguns momentos temos dificuldades em saber se pertencem a esta ou aquela espécie. Algumas das espécies possuem diversas dezenas de variedades e centenas de clones. O interesse que despertam é tão grande que cada nuance de cor, mancha, pinta, ou forma é minuciosamente observado e descrito por taxonomistas e aficcionados, que dedicam-se com afinco a esta atividade, valorizando muito as raras variações de cores e padrões que cada uma dessas espécies tão variáveis é capar de produzir. Dedicam-se ainda apaixonadamente a cruzar espécies de flores grandes e redondas em busca da perfeição. É natural que o sejam já que se trata de flores tão magníficas. O gênero é tão valorizado que existem até livros tratando exclusivamente de cada espécie e suas variações.
No passado algumas das variedades foram vendidas por verdadeiras fortunas. Hoje, graças ao trabalho de orquidófilos amadores e profissionais, através do cruzamento de clones de forma e cor excepcionais, muito dos antigos clones perderam seu valor e plantas de ainda maior qualidade surgiram, e são razoavelmente acessíveis a qualquer colecionador.
A melhoria das espécies está atingindo um nível tal que já se pode compará-la à longa genealogia dos híbridos com sua relação de pais, avós e bisavós famosos. Algumas dessas flores são tão perfeitas que já vão até perdendo sua semelhança as plantas encontradas na natureza, de cores comuns, pequenas, e mesmo caídas ou levemente tortas. Cultivar uma verdadeira Cattleya de forma apenas razoável como as antigamente encontradas no mato está se tornando uma raridade.
Nutrição e fertilização de orquídeas
Mestre em Solos e Nutrição de Plantas
pela UFV. Doutorando em Solos e
Nutrição de Plantas pela UFV
I - INTRODUÇÃO
Muita orquidofilia e pouca orquidologia
II - OBJETIVOS
Apresentar conceitos básicos e avanços em nutrição e fertilização de orquídeas
III - PORQUE ADUBAR ?
Na natureza, utilizam-se formas minerais e orgânicas de nutrientes em doses homeopáticas (lentidão –sustentabilidade)
Nos cultivos comerciais, utilizam-se doses alopáticas(pressa – perda de sustentabilidade)
IV - FUNÇÃO DOS NUTRIENTES NA PLANTA
Elementos essenciais ou nutrientes
Fisiologia vegetal (fotossíntese e respiração): C, H e O
Nutrição de plantas: Macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg e S
Micronutrientes: Fe, Mn, Zn, Cu, B, Mo, Cl e Ni (?)
Principais funções:
Fósforo (P) - Processos de estocagem e consumo de energia (ATP).
Potássio (K) - Controle do balanço hídrico da planta (abertura estomática).
Cálcio (Ca) - Maior constituinte da parede celular.
Magnésio (Mg) - Componente da clorofila
Enxofre (S) - Constituinte de aminoácidos (cisteína e metionina)
Ferro (Fe) - Constituinte da cadeia de transporte de elétrons
Manganês (Mn) - Divisão da molécula d´água na fotossíntese
Cobre (Cu) - Cadeia de transporte de elétrons
Zinco (Zn) - Envolvida na síntese de auxina
Boro (B) - Constituinte de membranas e parede celular.
Molibdênio (Mo) - Constituinte de enzimas essenciais ao metabolismo de nitrogênio
Cloro (Cl) - Envolvido na divisão da molécula d´água na fotossíntese
Níquel (Ni) - Constituinte enzimático da urease
V - SINTOMAS VISUAIS DE DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL
Nutrientes móveis - Sintomas ocorrem em folhas ou tecidos mais velhos (há retranslocação): N, P, K e Mg
Nutrientes imóveis - Sintomas ocorrem em folhas ou tecidos mais novos: Ca, S, B, Mn, Fe, Cu e Zn
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES
Nutrientes móveis - (Sintomas em folhas mais velhas)
P - Crescimento reduzido; plantas com folhas com um verde muito escuro e, ou, avermelhadas (acúmulo de antocianina).
K - Amarelecimento e necrose de folhas; plantas mais susceptíveis a pragas e doenças.
Mg - Folhas com clorose internerval. Pontas das folhas cloróticas esbranquiçadas, dobradas (enroladas) para dentro.
Nutrientes imóveis - (Sintomas em folhas e raízes novas e brotações)
S – Amarelecimento Uniforme
B - Morte de brotações e de raízes. Engrossamento de folhas e de pontas de raízes. Deformação em componentes da flor.
Mn ou Fe - Folhas com clorose e necrose internerval. Para Fe, a clorose tende a ser mais clara, esbranquiçada.
Cu - Folhas deformadas, retorcidas.
Zn - Folhas anormalmente pequenas, lançamentos ou entre-nós curtos. Brotação intensa de gemas com morte subseqüente.